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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Robótica Aplicada - Robôs com asas

Robots voadores podem dar uma ajuda em caso de perigo. Veículos aéreos não tripulados com braços hábeis conseguem pegar e transportar objetos ou construir estruturas simples de forma autónoma. Em Sevilha, os engenheiros estão a testar esta nova tecnologia.

Imagine-se que existe uma zona tóxica e é preciso ir lá buscar alguma coisa. Esta máquina voadora pode ajudar. Não precisa de um piloto para reconhecer o objeto, para o ir buscar e para o trazer de volta.

Aníbal Ollero Baturone, Professor da Faculdade de Engenharia da Universidade de Sevilha explica: “Integrámos o controlo do braço com o controlo da própria plataforma aérea. Algo necessário para controlar os dois ao mesmo tempo. O robot estima a sua posição através de um GPS e de uma câmera de vídeo.”

Estes instrumentos permitem que o robot perceba exatamente onde está, para procurar objetos com os quais consegue interagir.

Guillermo Heredia, Professor de robótica da Escola de Engenharia, Universidade de Sevilha acrescenta: “Os drones têm evoluído de forma exponencial, nos últimos anos. Com um foco principal na recolha de dados. Podem transportar uma câmera e tirar fotografias… Nos últimos 3 ou 4 anos, têm aparecido novas aplicações relacionadas com a interação.”

Robots voadores para transportar carga são um desafio complicado: é preciso um centro de transferência de gravidade para contrabalançar a carga. E um braço muito preciso e leve.

Miguel Ángel Trujillo Soto / Engenheiro de investigação em aviação, FADA-CATEC explica: “Este sistema permite que a plataforma monitorize o que o robot vê à sua volta e que se localize no espaço.”

Num futuro próximo, as máquinas voadoras vão conseguir colaborar umas com as outras.

“Entre as principais utilizações estão as inspeções e a manutenção industrial, o transporte de robots terrestres para zonas inacessíveis, a construção de plataformas para o transporte de pessoas em caso de emergência. Assim como em missões espaciais e na manutenção de satélites em órbita”, conclui Aníbal Ollero Baturone.

www.arcas-project.eu

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